setembro amarelo

Setembro Amarelo: mês de conscientização de prevenção ao suicídio

Por Katia Passos 
Psicóloga Clínica – CRP 12/04292
@katia.passos.psicologa

Setembro é o mês de conscientização de prevenção ao suicídio. A campanha Setembro Amarelo foi criada em 2013 com o objetivo de promover debates e compartilhar informações sobre o suicídio, encorajando as pessoas a falarem sobre o tema e buscarem ajuda quando necessário.

setembro amarelo

No Brasil são registrados aproximadamente 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia e os índices não param de aumentar, segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS. Praticamente 100% dos casos foram cometidos por pessoas com doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. O fato confirma a necessidade de um tratamento adequado e de falar sobre o tema, visto que muitos casos poderiam ser evitados se tivessem acesso ao tratamento e informações de qualidade.

Sinais de alerta

Oferecer apoio a alguém que está em risco poderá salvar sua vida. Por isso é importante conhecer alguns dos sinais que podem indicar quando uma pessoa precisa de ajuda.

Mudanças de Comportamento:

– Afasta-se de amigos, familiares e atividades sociais que gosta.

– Perde o interesse pelo autocuidado.

– Usa excessivamente álcool e drogas, se envolve em comportamentos perigosos de maneira autodestrutiva.

Sentimentos:

– Expressa muita culpa ou vergonha pelo que presente ou passado.

– Demonstra sentir baixa autoestima, como se fosse um peso para os outros.

– Apresenta mudanças bruscas de humor sem justificativas.

– Faz comentários desesperançosos.

Mudanças físicas:

– Apresenta problemas com insônia ou dorme muito mais que dormia antes.

– Demonstra alterações no apetite com perda ou ganho significativo de peso.

– Reclama de cansaço constante e sem motivo aparente.

Perda recente ou traumas:

– A perda de uma pessoa importante, de um trabalho ou aposentadoria pode aumentar o risco.

– Faz comentários do tipo “eu queria desaparecer“, “tudo ficaria melhor sem mim”, “eu queria dormir e não acordar mais”.

– Fala frequentemente sobre morte, morrer ou acabar com a própria vida. Quem já tentou suicídio tem maior probabilidade de tentar novamente.

 

Como ajudar

Se você identificou que a pessoa está pensando em tentar contra a própria vida, ajude-a! Como? Ouça o que a pessoa está sentindo sem julgar. Mostre que está disponível a ouvir sem dar conselhos do tipo “sacode a poeira e dá a volta por cima”, porque isso só piora a situação. Não ria ou faça piadas, nem mesmo pergunte se ela pensa em morrer.

Mas o que fazer então? Não deixe a pessoa sozinha, afaste-a dos possíveis riscos imediatos, não tranque as portas, acredite nas ameaças e leve-a imediatamente a um profissional de saúde para atendimento.



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