O que pensam CEOs de grandes empresas sobre o trabalho híbrido

As pesquisas já revelaram o desejo dos colaboradores de manter uma rotina flexível e com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar. Mas o que os dirigentes das empresas pensam a respeito disso?

Assim como já declarado pelo CEO do Google, a flexibilidade na rotina está em pauta na maioria das empresas. É o que mostra uma reportagem especial do jornal Valor Econômico, que ouviu líderes de diferentes grupos empresariais e que, independentemente do ramo de atividade, adaptaram suas rotinas por causa da pandemia do coronavírus.

Em linhas gerais, as decisões sobre a rotina têm sido baseadas em três pontos:

  • Fortalecimento da cultura corporativa mesmo com trabalho remoto;
  • Capacidade para atrair e manter talentos interessados em trabalhar de qualquer lugar; e
  • Preocupação com a curva de produtividade no fim do mês.

 

A seguir, destacamos trechos da reportagem enfatizam medidas e projeções declaradas pelos CEOs e executivos entrevistados pelo Valor.

XP

Cerca de 90% trabalham sem a obrigatoriedade de estar no escritório. “Atualmente, 50% dos funcionários moram fora da Grande São Paulo, onde fica a sede da empresa”, diz o CEO Thiago Maffra. Mesmo assim, diz ele, as equipes estão cada vez mais integradas e eficientes. “E o melhor é que agora temos equipes mais diversas e não há fronteiras para contratar”.

Hershey

“Desde 2015, faço a gestão de times internacionais com plataformas virtuais”, diz Larissa Diniz, gerente-geral da fábrica de chocolates. A executiva cumpre jornadas presenciais duas vezes por semana e diz que a ida ao escritório ganhou um novo propósito, de criatividade e cocriação, sendo realizado em um coworking. “Já o trabalho em casa favorece atividade que pedem mais concentração ou uma agenda de reuniões virtuais sem perda de tempo com deslocamentos”.

Stefanni Soluções Digitais

Presente em 41 países, a multinacional adotou o “livre arbítrio” no organograma e hoje mais de 90% dos funcionários estão no modelo de trabalho hibrido. “Vimos que pode dar certo”, diz Marco Stefanini, fundador e CEO global da empresa. “A ideia é incentivar a contratação de talentos em qualquer lugar, mesmo que não haja um escritório nosso na cidade do candidato”. Isso ajuda a atrair currículos, especialmente entre as novas gerações. “Mas há nada que substitua um encontro presencial que, muitas vezes, não acontece com a mesma fluidez de uma reunião virtual. Gosto muito do ‘olho no olho’”.

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