1 março 2019 Empreender por oportunidade x Empreender por necessidade: Como é no Brasil
Um empreendedor tem maiores chances de sucesso quando abre seu negócio ao identificar uma oportunidade e não porque precisa de uma ocupação e uma renda. Na prática, isso indica que, ao empreender por oportunidade e não por necessidade, ele é mais bem preparado para abrir e, principalmente, gerenciar o dia a dia de uma empresa.
Diferente de quem empreende por necessidade, depois de passar por uma situação de desemprego, por exemplo, o empresário motivado por uma oportunidade, normalmente é aquele que faz um plano de negócio, estuda a concorrência e tem maior probabilidade de sobreviver no mercado. Ou seja, empreender por oportunidade pode significar uma melhor qualificação.
Conforme os resultados da mais recente pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), realizada em 49 países e que contou com o apoio do Sebrae no Brasil, empreender por oportunidade em 2018 registrou 61,8%, o melhor resultado dos últimos anos, levando a crer que os brasileiros estão se preparando melhor para abrir e manter o próprio negócio. Já o empreendedorismo por necessidade encerrou 2018 na casa dos 37% dos negócios em fase inicial, sendo que na pesquisa GEM em 2016 o número era de quase 43%.
De acordo com a pesquisa, a taxa total de empreendedorismo, que reúne novos empreendedores e donos de negócios já estabelecidos, chegou a 38% em 2018. Segundo o indicador, aproximadamente 52 milhões de brasileiros em idade produtiva estavam envolvidos com alguma atividade empreendedora no ano passado. É o segundo melhor desempenho para a taxa de empreendedorismo brasileira desde 2002, quando o índice começou a ser medido. Ainda segundo a GEM, em 2018, dois em cada cinco brasileiros entre 18 e 64 anos estavam à frente de uma atividade empresarial ou tinham planos de ter um negócio.
Outros dados da pesquisa GEM
Novos empreendedores: De 2017 para 2018, a participação do público jovem (18 a 24 anos) entre os novos empreendedores subiu de 18,9% para 22,2% do total de empreendedores que iniciavam uma atividade empresarial, com negócios (formais ou informais) de até 3,5 anos. Por sua vez, o contingente de pessoas com mais de 55 anos iniciando um negócio é de quase 2 milhões de empreendedores.
Negócios mais estáveis: Em relação às taxas de empreendedores iniciais e estabelecidos, a pesquisa GEM indicou que a TEE (estabelecidos) com 20,2%, superou a TEA (iniciais) em pouco mais de 2 pontos percentuais. Com isto, é possível avaliar que 2018 foi um ano em que, majoritariamente, os empreendedores atuaram de forma a consolidar os negócios criados em períodos anteriores, ou seja, um certo contingente de empreendedores iniciais tornou-se estabelecido.
Com informações da Agência Sebrae
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