Benchmarking: O que você pode aprender com seus concorrentes

O benchmarking é uma estratégia adotada por empreendedores que desejam identificar boas práticas dos concorrentes para aplicá-las em seus negócios. Quem ainda não a adotou, está ficando para trás e perdendo a chance de ser mais competitivo.

benchmarking

O benchmarking (numa tradução livre, “ponto de referência”) pode ser aplicado pelos empreendedores que estão iniciando sua jornada, tomando outras empresas como referência para dar os primeiros passos no próprio negócio – o que dá uma margem de segurança maior por seguir ações e estratégias já testadas por outros.

Mas o que ocorre com maior frequência é o benchmarking fazer parte do processo de criação e desenvolvimento de novos produtos e serviços. As referências externas reforçam as decisões tomadas a partir de análises econômico-financeiras e podem também indicar novas oportunidades de negócios.

Etapas de implantação do benchmarking

De acordo com a Endeavor, entidade de apoio e incentivo aos empreendedores, a estratégia do benchmarking pode ser implantada seguindo oito etapas:

1 – Análise interna: avaliação minuciosa dos processos internos e práticas empresariais. Entender primeiro o que somos para compreender como melhoramos;

2 – Identificar as empresas “de excelência”: pesquisa inicial para conhecer os grandes players do mercado;

3 – Definir métodos e estratégias para captura de dados: como o segredo dessas grandes empresas chegará até a sua organização. Parcerias e convênios podem ser algumas das saídas;

4 – Análise de mercado: conhecer as melhores práticas da concorrência dentro do que precisa ser melhorado;

5 – Identificação de lacunas de desempenho: etapa de comparação, propriamente dita;

6 – Projeção de níveis de desempenho futuro para fechamento das lacunas identificadas: quais as metas para melhoria de processos e qual prazo de alcance;

7 – Implementação de ações específicas de adaptação;

8 – Retroação: reavaliação contínua, sempre tomando por base os melhores do momento.

Fonte: Endeavor

A arte de aprender com os concorrentes

Observar o que o concorrente está fazendo não é uma estratégia nova, mas em tempos de internet ficou até mais fácil fazer por causa do amplo acesso à informação. Não é por acaso que papas do marketing moderno, como Philip Kotler, demonstram entusiasmo e mencionam o benchmarking com frequência em suas obras. Kotler, por exemplo, afirma que “benchmarking é a arte de aprender com as empresas que apresentam um desempenho superior em algumas tarefas”.

Mas quem deve ser o alvo do benchmarking: todas as empresas da área de atuação ou somente as mais bem sucedidas, mais conhecidas do público? Geralmente, o que ocorre é o empreendedor mirar em concorrentes diretos que demonstrem ter excelência no que fazem e sejam referência no segmento em que atuam.

Líderes de mercado tem muito o que ensinar e pode gerar insights e inspirar ações. No entanto, é possível focar também em concorrentes que estão cometendo falhas. Isso pode abrir brechas para o lançamento de produtos e serviços e até para a exploração de novos nichos a partir de ações diferentes das que fracassaram com a concorrência.

Não é espionagem nem copia e cola

É importante ressaltar que benchmarking não tem relação com “espionagem”. Da mesma forma, que está longe de ser uma desculpa para copiar e colar o que o concorrente está fazendo. Lembre-se sempre que um negócio é diferente do outro. O que pode funcionar em um, pode não funcionar em outro por diferentes fatores – que vão desde a cultura da empresa até a própria capacitação do time de colaboradores. Assim sendo, o resultado da pesquisa de benchmarking deve ser adaptado à realidade da empresa

O benchmarking deve ser praticado como uma estratégia saudável para o negócio porque assim a empresa não fica olhando só para dentro, presa a suas rotinas e processos. Encare o benchmarking como um “respiro”. Ou como aponta a Endeavor, “o benchmarking encoraja as empresas a pensarem além de suas limitações, a buscarem fatores-chaves que aumentem exponencialmente sua competitividade”.

Pronto para aprender com o concorrente ou ainda falta coragem para pensar além dos seus limites?

 



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