10 novembro 2022 Desejo por trabalho flexível é motivo para demissão voluntária

Combater a rotatividade na equipe está entre os desafios que a maioria das empresas enfrenta como forma de evitar a perda de competividade. Mas as mudanças na rotina de trabalho estão contribuindo para que o turnover ganhe força. Entenda o motivo.

Uma pesquisa realizada pela empresa de gestão de risco Mercer mostra que a divergência entre empresas e colaboradores sobre flexibilidade na rotina está estimulando o aumento nos pedidos de demissão voluntária. Foram ouvidos colaboradores de 862 empresas de setores como tecnologia, bens de consumo, energia, varejo, agronegócio e farmacêuticas.

De acordo com o levantamento, 31% dos entrevistados disseram que a falta de acordo com os gestores sobre uma rotina mais flexível, com ênfase no trabalho remoto e híbrido, é um dos principais motivos para a decisão de deixar o emprego voluntariamente. E mais:

A pesquisa também aponta que as empresas participantes não mostram interesse ou preocupação com o trabalho híbrido. No total, 59% responderam que não fizeram qualquer levantamento interno para medir qual a preferência dos colaboradores em termos de modelo de trabalho passada as restrições decorrentes da pandemia.

Somente 23% disseram à Mercer que fizeram consultas à equipe sobre o impacto para a retomada do trabalho presencial na saúde mental e no bem-estar dos colaboradores.

“As pessoas estão deixando as empresas porque buscam mais flexibilidade do tempo. Isso tem a ver com saúde mental e maior controle da sua vida. Mas são poucas as lideranças que têm ativamente escutado seus funcionários”.

(Antonio Salvador, diretor executivo da Mercer)

Coworking na rotina flexível da sua empresa

A nova rotina de trabalho, caracterizada com a adoção do modelo híbrido, tem no uso do coworking um dos seus principais alicerces. Não por acaso, uma pesquisa da International Workplace Group (IWG), empresa gerenciadora internacional de coworking em diferentes países, indica que a procura por espaços de trabalho compartilhados cresceu 93% no primeiro trimestre de 2022, em todo o mundo, inclusive no Brasil. Isso inclui também o uso desses espaços como forma de equilibrar interesses e preferências de empresas e colaboradores como forma de manter uma rotina produtiva sem perda de competitividade no mercado.

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Com informações do UOL